Governo argumenta que a medida atende a interesse público e que expediente em dias de partida seria "contraproducente". Economista argumenta que decisão causa impacto. Alguns órgãos funcionarão.
Em nome da “paixão pelo esporte”, da “magnitude do evento” e do suposto “interesse público” da população, o Governo do Ceará decidiu decretar ponto facultativo em parte dos órgãos estaduais, amanhã e no próximo dia 27, quando haverá jogos da Copa das Confederações em Fortaleza. A folga vale para a Capital e todo o Interior do Estado. Na decisão publicada ontem no Diário Oficial, o Palácio da Abolição também argumenta que manter o expediente nos dias das partidas seria “contraproducente”.
A iniciativa é prevista na Lei Federal nº 12.633/2012, conhecida como Lei Geral da Copa, que dispõe sobre a Copa das Confederações e o Mundial de 2014. Em Fortaleza, a Prefeitura já havia aprovado feriado municipal nas datas dos jogos, como alternativa para reduzir o fluxo de trânsito na cidade e amenizar o impacto na mobilidade.
No caso do Estado, embora não haja jogos marcados para o Interior, a medida, segundo o Governo, também visa “garantir o conforto e o acesso da população estadual e dos visitantes em geral, além de promover a segurança e a melhor gestão na mobilidade urbana”.
Pela decisão, ficam assegurados o fornecimento de água e dos serviços das polícias Militar e Civil, e dos Bombeiros, além do atendimento médico-hospitalar e de ambulatórios especializados que atendem a pacientes com consultas previamente agendadas.
Também fica mantido o funcionamento do Sistema de Licitações da Procuradoria-Geral do Estado, o da Biblioteca Pública Menezes Pimentel, do Museu do Ceará, do Sobrado Dr. José Lourenço, do Museu Sacro São José do Ribamar, do Theatro José de Alencar e da Central de Atendimento Telefônico da Ouvidoria localizada em Canindé, além da campanha de vacinação contra a febre aftosa.
Avaliação
Perguntado sobre possível impacto da medida no setor produtivo, o professor universitário e mestre em Economia Ricardo Coimbra avaliou que, naturalmente, os jogos causariam impacto na produtividade dos funcionários, mas, segundo ele, “apenas no horário da partida”. “Se você gera ponto facultativo, não se gera nenhum tipo de trabalho naquele dia. Uma opção seria liberar os trabalhadores na hora do jogo, ou a partir das 14 horas, por exemplo. Da forma como está, há um impacto maior na prestação dos serviços”, afirmou.
FONTE: O POVO
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