quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bancários entram em greve por tempo indeterminado

Bancários pedem 11,93% de aumento salarial. Funcionários dos Correios também decidiram parar atividades

Os bancários entram em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A paralisação deve atingir cerca de 524 agências no Ceará pelos cálculos do movimento grevista. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, a categoria decidiu parar em resposta à proposta oferecida pelos bancos de 6,1% de reajuste, o que para ele “repõe somente a inflação do período pelo INPC”.

O dirigente disse que os bancários querem aumento de 11,93%, o que representa 5% de aumento real. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), afirmou que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%.

O diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico, afirma que a proposta deve ser avaliada considerando os ganhos dos últimos anos, que segundo ele “são bastante significativos, mas que representa custos”. Ele acrescentou que o momento atual exige cautela, pois a “economia está num ritmo mais lento, as margens de todos os setores estão mais apertadas e a geração de emprego está em queda.

“É um momento de se preservar conquistas e não de aumentar custos, por isso a proposta prevê manutenção do poder aquisitivo”, diz o diretor na nota enviada à imprensa. Conclui que a entidade se mantém aberta às negociações.

A Febraban informou que existem uma série de canais alternativos à disposição dos clientes para a realização de transações financeiras (caixas eletrônicos, a internet banking, o aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone, casas lotéricas etc).

Correios
Já os funcionários dos Correios do Ceará estão em greve desde a terça-feira. Segundo Maria de Lourdes, coordenadora geral do Sindicado dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Estado do Ceará (Sintect-CE), entre 15 e 20 cidades cearenses aderiram ao movimento.

“Umas agências fecharam, outras estão funcionando com 50% dos serviços e outras com 80%”disse Maria de Lourdes.

Entre as reivindicações, a categoria exige reajuste salarial de 15%, somado a inflação do período, e redução da jornada de trabalho de 8h para 6 horas. Os trabalhadores também são contra o “postal saúde”, plano de saúde que a empresa pretende implantar. São cerca de 2700 trabalhadores no Ceará. Um protesto está marcado para ocorrer hoje pela manhã, em frente ao Centro de Triagem de Cartas e Encomendas (CTCE).

Saiba mais

Em 2012, os bancários cearenses pararam por dez dias.

Historicamente a adesão é maior nos bancos públicos como Caixa Econômica, Banco do Nordeste e Banco do Brasil)

As transações financeiras por caixas eletrônicos, internet, mobile banking e operações por telefone, casas lotéricas funcionam normalmente.


FONTE: O POVO

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