O reajuste aplicado aos subsídios dos deputados, senadores, ministros de Estado e presidente da República, em dezembro de 2010, vai repercutir a partir de janeiro do ano que vem nos salários dos prefeitos e vereadores que serão eleitos em outubro. Isso porque aumentos salariais para os vereadores só podem ser aprovados no final de uma legislatura, para passar a valer na próxima.
Quando tomam posse, eles aprovam o novo salário do prefeito. Esta é a "grande pegada" para as prefeituras em 2013, alerta o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski.
Por conta desse reajuste e do crescimento médio anual das despesas dos legislativos municipais em cerca de 10%, os gastos com os vereadores devem pular de R$ 9,5 bilhões em 2011 para cerca de R$ 15 bilhões em 2013.
A estimativa é que, tendo como parâmetro os salários dos deputados estaduais - que, por sua vez, têm como base o que ganham os federais -, os vereadores poderão reajustar seus vencimentos em até 60%.
Custo alto
O presidente da CNM considera altos os custos das câmaras, mas aponta como culpado maior a Câmara dos Deputados e as assembleias. "A maioria das câmaras está ajudando os municípios e gastando abaixo do permitido. Mas esses gastos vão aumentar muito ano que vem por causa da decisão dos deputados e senadores de elevarem seus salários para o teto" diz Ziulkoski, referindo-se ao "efeito cascata".
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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