Brasília. Reeleito presidente nacional do PT para um mandato de quatro anos, o deputado estadual Rui Falcão (SP) disse ontem que a "principal tarefa" da nova direção da sigla é a reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Vamos nos atirar agora na formalização das alianças", afirmou. Com 394.652 votos apurados até as 18h (84% do total), Falcão tinha 69,5%. O segundo dos seis postulantes era o deputado federal Paulo Teixeira (SP), com 20,6%.
A vitória por larga margem o fortalece para exercer o papel já definido de futuro coordenador da campanha de Dilma. Em 2010, Falcão exerceria essa função. Mas deixou o posto após seu nome ter sido citado na denúncia de montagem de um dossiê contra José Serra (PSDB).
Em entrevista, Falcão disse que o PT dará "ênfase na nossa campanha pela reforma política" e trabalhará por "uma mídia mais democrática". Falou em regulamentar a Constituição sobre o tema, "banindo qualquer tipo de censura" e por um modelo que tenha "mais agentes emissores e que coíba a ação dos monopólios e dos oligopólios".
Esta foi a quinta eleição interna direta do PT desde 2001. O total de votantes ficará em torno de 450 mil, 60 mil a menos que na última, em 2009. Para Falcão, a queda pode ser atribuída ao aumento do rigor nas regras. Em 2009, os filiados podiam quitar as mensalidades e ganhar direito a voto até o dia do pleito, o que não ocorreu agora. Outro fator, disse, foi a inédita exigência de cotas para mulheres (50%), jovens de até 30 anos (20%) e negros ou indígenas (20%) em todas as chapas, mesmo nas dos diretórios municipais e zonais.
Na disputa das chapas, cujo resultado orientará a composição do Diretório Nacional (82 membros) e da executiva, a disputa foi mais equilibrada. A tendência de Falcão e Lula tinha 53% dos votos. O segundo grupo, "Mensagem ao partido", tinha 21%.
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: FUTURA PRESS
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