O grande número de erros encontrados nas prestações de contas no programa dificultou a realização de ações
A Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) lançou, ontem, o projeto de práticas agrícolas para a conivência com o semiárido. O objetivo é que os prefeitos e secretários que estiveram presentes no evento levem para os seus municípios as técnicas que podem ajudar a diminuir os efeitos da seca. Além disso, pelo menos, 60 municípios receberão do Estado R$ 20 mil contra a seca.
Portanto, a SDA vai realizar um convênio com essas cidades a fim de disponibilizar o valor para cada cidade. A que estiver com estado de emergência decretado não vai precisar dar a contrapartida, que é a mesma soma liberada pelo Governo. A ideia é que os municípios que tiveram representantes no evento sejam os primeiros beneficiados.
Segundo o titular da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, nos anos anteriores em que o programa foi colocado em prática, sempre aconteciam alguns problemas porque nada era esclarecido antes para os gestores. "Quando os recursos, por exemplo, eram aplicados de maneira errada o dinheiro precisava ser devolvido. Para que isso não aconteça mais, vamos explicar tudo aos prefeitos", disse.
Nelson Martins destacou que será preciso estruturar as prestações de conta, pois muitas prefeituras costumam apresentar suas receitas e gastos com erros, e isso dificulta o trabalho feito na hora de ajudar essas áreas com os programas de combate à estiagem.
Porém, o gestor diz que as ações apresentadas no projeto de práticas agrícolas para a conivência com o semiárido vai ajudar a diminuir os problemas, mas não vai acabar com a estiagem. "Além do projeto, temos os carros-pipa, cavação de poços, cisternas, o programa São José III e o Água Para Todos. Tudo isso vai ajudar os agricultores que estão em situação de emergência", comentou Martins.
A expectativa é que os convênios possam ser feitos o mais rápido possível de maneira que as ações já possam ser postas em prática o mais breve.
O titular da SDA chamou atenção para o fato de que, mesmo aqueles que não forem contemplados com os convênios, poderão utilizar algumas das técnicas junto com os agricultores. "O programa Quintal Produtivo custa R$ 10 mil e ajuda bastante os agricultores", frisou.
Durante o evento, os gestores puderam acompanhar, por exemplo, como realizar a produção de forragem, cultivo de mudas e irrigação sustentável
Chuvas
De acordo com a última avaliação da Cearense de Meteorologia (Funceme), feita no último dia 22 de fevereiro, as chuvas para o período de março, abril e maio deste ano tendem mais a ser abaixo da média histórica do Estado.
Em janeiro, a Funceme divulgou a probabilidade de 45% de chuvas abaixo da normal, diferente dos 40% divulgados dia 22. Isso aconteceu devido à melhora nas condições do Oceano Atlântico e porque foram estudados períodos diferentes.
THIAGO ROCHAREPÓRTER
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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